27 de janeiro de 2009

...à deriva com palavras...Emoções definidas criam barreiras...


Devoras as amarras que te prendem
Soltas-te de um beijo comprometedor
Devias-te de um olhar singelo
E entras em fuga ao destino

Provocas a serena eternidade
Moves-te numa passada incerta
Com a falsa esperança de alcançares
A plena consciência dos sentidos

Voltas e voltas e tornas a recuar
No tempo que já foi perdido
Sem percepção do óbvio
Num espaço por ti criado

O tempo surge enganado pelo medo
Num bocejo distraído
Corre a possibidade contra a vontade
Numa existência premeditada

Bloqueia o pensar e o passado
Numa mão emprestada
Sente a naturalidade dos actos
Como o feixe de um raio adormecido

Aprende num todo, partilha o sorrir
Crê na alvorada que se segue
Não existe perdão senão o sentido
A alma corrói quando abandonada

Não julgues, não racionalizes
O que de ti advém é aceite
Equilibra a chama e une-te a mim
Não há maldade no pensar ao agir.

1 comentário:

Anónimo disse...

Gosto de sentir o sabor das tuas palavras, envoltas na saída de um pinhal iluminado, ou de uma praia algures ali mesmo.
Mas...
Secreta!