25 de janeiro de 2014






















Poder erguer a voz e ver além
Escutar aquele que sorri num olhar
Trazer no coração o som de uma estação
Contemplar o toque de uma intensa paixão

De água na boca e corpo a arrepiar
O dilatar que contorce a quem
Se deita Só no desconforto de um colchão
Quando quer abraçar sua alma em fusão

Sem nexo, faz sentido dizer
Que há muito que te vejo e revejo
Sem nunca questionar ou pensar
Para o que foi ou que vem a ser

E morro e renasço de desejo
Sempre que te penso, inspiro num bocejo
Para calar o que dentro se sente
Vestindo-te de cansaço na minha mente.

(16-Jan-2014)

2 comentários:

Anónimo disse...

adorei!

Pedro Antunes disse...

A mesma mente que no cansaço nos faz descansar, nos faz fechar os olhos e no silêncio da inquietação nos deixa ouvir o bater do coração acelerado numa corrida sem fim. De repente e, por um momento eterno, uma mão quente e macia nos para no peito e nos diz, estou aqui para ti...